Um Abismo

domingo, março 02, 2008

UM POMAR DE CARNE

- não sei imitar a tristeza, agarrada nestes lençóis de veneno
e asas de anjo, ou são flores do paraísoas que me entrelaças nos cabelos?
- cala o arco da tua boca sumarenta e aproveita este ramo que te estendo,
todo orvalhado, pobre de mim, que fui feito para te receber. lembras-me
sempre as laranjas apanhadas pelo meu pai, na casa de campo. sinto, por ti, a gula da infância
- é o que nos faz parecidos, talvez, com o chão: camada mais funda e abundante. não sei não sei. cada vez mais não sei o rio do instante
16/ novembro/2006

5 Comments:

  • At 3:49 da manhã, Blogger Ana said…

    Essa gula pelas palavras que as torna tão sumarentas.

     
  • At 12:10 da tarde, Blogger poetaeusou . . . said…

    *
    profundo,
    de confucios pensares,
    ,
    gostei
    vou reler,
    ,
    conchinhas
    ,
    *

     
  • At 3:21 da manhã, Blogger hfm said…

    Gostei muito deste blog a que cheguei via encosta do mar. Parabéns!

     
  • At 7:56 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Boa tarde. Desculpe o comentário. Venho informar que o link do post do Piano ("de acordes especiais") tem um poema de Isabel Mendes Ferreira. Agradeço a sua leitura.

     
  • At 4:13 da tarde, Blogger Isabel Victor said…

    " sinto, por ti, a gula da infância..."


    poderosa imagem !


    sorrio-te :))
    saio


    iv

     

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