UM POMAR DE CARNE
- não sei imitar a tristeza, agarrada nestes lençóis de veneno
e asas de anjo, ou são flores do paraísoas que me entrelaças nos cabelos?
- cala o arco da tua boca sumarenta e aproveita este ramo que te estendo,
todo orvalhado, pobre de mim, que fui feito para te receber. lembras-me
sempre as laranjas apanhadas pelo meu pai, na casa de campo. sinto, por ti, a gula da infância
- é o que nos faz parecidos, talvez, com o chão: camada mais funda e abundante. não sei não sei. cada vez mais não sei o rio do instante
16/ novembro/2006
e asas de anjo, ou são flores do paraísoas que me entrelaças nos cabelos?
- cala o arco da tua boca sumarenta e aproveita este ramo que te estendo,
todo orvalhado, pobre de mim, que fui feito para te receber. lembras-me
sempre as laranjas apanhadas pelo meu pai, na casa de campo. sinto, por ti, a gula da infância
- é o que nos faz parecidos, talvez, com o chão: camada mais funda e abundante. não sei não sei. cada vez mais não sei o rio do instante
16/ novembro/2006
5 Comments:
At 3:49 da manhã,
Ana said…
Essa gula pelas palavras que as torna tão sumarentas.
At 12:10 da tarde,
poetaeusou . . . said…
*
profundo,
de confucios pensares,
,
gostei
vou reler,
,
conchinhas
,
*
At 3:21 da manhã,
hfm said…
Gostei muito deste blog a que cheguei via encosta do mar. Parabéns!
At 7:56 da manhã,
Anónimo said…
Boa tarde. Desculpe o comentário. Venho informar que o link do post do Piano ("de acordes especiais") tem um poema de Isabel Mendes Ferreira. Agradeço a sua leitura.
At 4:13 da tarde,
Isabel Victor said…
" sinto, por ti, a gula da infância..."
poderosa imagem !
sorrio-te :))
saio
iv
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