NOITE MAIS ESCURA
cheira a chuva no sobrado restaurado
deste quarto e é nele que estendo
as folhas da língua
à procura do teu corpo
esta é a casa da infância:
há um bolor onde abro
as gavetas da saudade
e delas saem as facas
desta inocente vontade de te amar
em colchões de pó
a verdadeira terra era a da tua
casa de campo
deste quarto e é nele que estendo
as folhas da língua
à procura do teu corpo
esta é a casa da infância:
há um bolor onde abro
as gavetas da saudade
e delas saem as facas
desta inocente vontade de te amar
em colchões de pó
a verdadeira terra era a da tua
casa de campo
6 Comments:
At 10:02 da manhã,
pasta7 said…
poeta! que poder! muitos parabéns! ainda não foste convidada para publicar um livro? bem merecias. abraço.
At 10:33 da manhã,
firmina12 said…
já publiquei, mas estas coisas não se dizem aqui que fica feio e parece promoção
At 6:15 da manhã,
RC said…
Brilhante.
At 1:40 da manhã,
un dress said…
a verdadeira terra:
o sabor castanho a promessas.
~
At 1:37 da manhã,
musalia said…
é essa atitude que faz a diferença, luísa! e que muito admiro: a boa escrita não necessita de promoção para ser aceite ;)
abraço.
At 4:32 da manhã,
Olguinha said…
Luisa, descobri o teu blog!! lol
Amei este poema! lindo, lindo!
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