Um Abismo

terça-feira, julho 18, 2006

Momento exterior

encho-me do último bolor e à janela
vejo figos perco-me
numa argola de fumo e quero
saber se posso cair cantanto-te
contra as paredes do prédio

sob o fluxo do rio o vento
inicia-te____perfil fechado da flor

e usas o grito
e bebes se atiro sangue
morres: peito chamando-me clamando-me

então dou-te as minhas ruas
uma carga de nervos trocados
veias invertidas e num pino nu
curvo-me aberta
à tua cintura

2 Comments:

  • At 12:24 da tarde, Blogger Unknown said…

    Continuas a escancarar o templo...
    Como se escreve que gostei muito... sem mentir?

    daniel

     
  • At 2:43 da tarde, Blogger r.e. said…

    obrigado pela visita à Extensa Madrugada. Foi muito gentil. O autor dos poemas nunca os editou. Por isso, só ali podem ser lidos. Vou conhecer melhor este Abismo. Voltarei. Volta à Madrugada sempre. Beijinho. J.

     

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