DEITAR-ME NESTE VENDAVAL
- esta noite quero o caos, não esta língua
que me dá a volta à cintura, nem esses teus olhos
de barro que tentam, tão vorazes, que eu não sinta
medo do mundo
- mas perdes lágrimas? deitas às feras a força que
te dou?
- não te preocupes. quando o sol começar a furar
as paredes do quarto, já estarei aberta: feliz nos teus ramos
frondosos e terei a pele orvalhada, os cabelos enlaçados
nas tuas folhas frescas
- estaremos exaustos de chover um no outro e
o teu medo não passará de mais uma das estações
em que nos aguardamos
que me dá a volta à cintura, nem esses teus olhos
de barro que tentam, tão vorazes, que eu não sinta
medo do mundo
- mas perdes lágrimas? deitas às feras a força que
te dou?
- não te preocupes. quando o sol começar a furar
as paredes do quarto, já estarei aberta: feliz nos teus ramos
frondosos e terei a pele orvalhada, os cabelos enlaçados
nas tuas folhas frescas
- estaremos exaustos de chover um no outro e
o teu medo não passará de mais uma das estações
em que nos aguardamos